sexta-feira, 16 de agosto de 2013

                                                                           

                          O chato da cerveja.


Com a chegada triunfal ao mercado brasileiro de uma infinita variedade de cervejas artesanais aditivadas de especiarias incomuns ao néctar, já existe por aí uma confraria de chatos muito parecida com a dos famosos degustadores de vinhos.
Gente que, logo no primeiro copo, observa a coloração, o aroma, o retro-gosto e a gaseificação da bebida que para a maioria dos mortais só precisa estar estupidamente gelada.
Quem pedir “uma cerveja, por favor” num boteco metido à besta corre o risco de ser submetido a um interrogatório sobre as inúmeras alternativas que o garçom – quando não o ‘sommellier de cervejas’ – tem a oferecer ao consumidor.
“De quê família aromática?”; “de baixa ou de alta fermentação?”; “com malte torrado ou dose extra de lúpulo?” “Pilsen com mandioca ou weiss com mel?”
O mais provável é que, constrangido, o pobre coitado que só quer refrescar a goela vá molhar o bico no ‘pé sujo’ mais próximo. Ou troque o pedido para “uma caipirinha”.


Genial texto do Tutty Vasques do jornal Estadão.

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